29.3.10

Do aprendizado diário

A mãe já é chamada assim mesmo antes mesmo de parir. Na gravidez já começa a sentir o desafio que vai mudar sua vida por completo.  Daí, nasce o bebê e a sensação de que começamos uma nova vida e com ela, a certeza de que não vamos apenas ensinar nossos filhos a andar, a falar, a brincar, mas que quem vai realmente aprender somos nós.

O aprendizado começa com a nova identidade que temos. Deixamos às vezes de ser fulana, para ser a mãe do fulaninho ou fulaninha. Aprendemos que um outro ser depende de nós e que não somos mais o filho que pede colo, mas também somos o colo.

A paciência com o dia-a-dia não surge num passe de mágica, mas uma aquisição,  muitas vezes trabalhosa, e que te leva a repensar muitas coisas, muitas posturas pessoais. O adulto redescobre como brincar, ou ao menos deveria perceber que precisa voltar a pular, imaginar, brincar. A gente cresce e esquece do quanto é gostosa a leveza da criança, que está ainda inocente e que é nosso papel cuidar da sua formação.

Do alto da esperteza infantil, nos damos conta do quanto vamos perdendo ao longo dos anos em busca do nosso amadurecimento. Lidar com crianças é ser sempre lembrado do quanto temos que parar para pensar e perceber o que temos feito conosco e nossa convivência. É aprender a ser mais tolerante, paciente, ter jogo de cintura, para fazer feliz o ser mais importante da sua vida.

Vou escrever por aqui minhas reflexões sobre minhas descobertas e redescobertas como ser humano e como meus filhos estão me ensinando a cuidar deles.

*Este espaço vai ser muito mais que isso, mas sei que tudo que sou hoje, das diversas faces, sou para eles e por causa deles. (Não esquecendo o maridón, claro, a razão de eles existirem)

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