Shortbus
Terminando a série de comentários relativos à semana passada, acredito que o filme que mais me marcou, do qual mais gostei foi Shortbus.
Onde muita gente moralista veria apenas corpos nus e pornografia, eu vi poesia. Vi uma história que entrelaça a vida de várias pessoas e cujo cenário é New York.Vidas de pessoas normais, que têm em comum a dificuldade em lidar com as emoções, sentimentos e com o sexo. Shortbus é um local que é indicado para essas pessoas, livres de preconceitos e moralismos e que encontram lá respostas, acolhimento e por que não, diversão.
Acredito que muita gente que foi à 30ªMostra, por ser um público diferenciado, não deva ter se chocado com as cenas nem com o tema, mas se o filme entrasse em circuito comercial, com certeza seria polêmico. Isso porque no Brasil as pessoas ainda se prendem muito a um falso moralismo, onde entre quatro parede vale tudo, mas fora a hipocrisia ainda é forte. Gostei do desprendimento das personagens e do rumo que cada um tomou, mesmo que a realidade crua, não tão bonita o tempo todo e sim os conflitos de cada um tenha predominado.
Por que esquecermos quando vamos ao cinema dessa crueza? Sim, há o depressivo, a frígida, a que se mostra toda liberal mas no fundo é travada e por ai vai. Todos nós temos nossos esqueletos no armário, nossos segredos, nossas tristezas, mas se nos "despirmos" de moralismos inúteis facilita bastante.

Nenhum comentário:
Postar um comentário