Bom demais pra ser verdade?
É simples. Aparentemente tudo está bem, tudo certo, encaminhado, mas você não se convence. Como pode ser, nada para reclamar? Só para sorrir? Não pode ser!
O dia que explicarem o que leva o ser humano a, diante de boas perspectivas, de apenas correr para o abraço, a ficar procurando cabelo em ovo, por favor avisem porque preciso entender.
Lógico, que depois de algumas derrapadas a gente aprende a não acreditar no mundo baseado no que a gente é, no que a gente pensa, o chamado "ficar esperta". Mas qual é o limite saudável entre estar atento às armadilhas da vida, das pessoas e a paranóia?
Mudanças podem ser boas, mas carregam consigo o desconhecido, que amedronta, mas que não pode paralizar. Fugir da zona de conforto pode ser benéfico também, quando a gente sabe dosar o passo, mas como tirar o frio da barriga, que insiste em aparecer para enfatizar o medo?
Começo nova etapa sentindo-me diferente, muito mais definida do que quero, do que não, quero principalmente. Engraçado como as idades "redondas", nos levam inconscientemente ou conscientemente mesmo a fazer balanços, às vezes desnecessários. Olhar para o passado, só para recordações boas e para, eventualmente tirar lições e construir o futuro, e o mais difícil, mas mais importante, viver o presente. Não vejo outra utilidade para eles.
Os pensamentos por vezes teimam, insistem em nos puxar para um período anterior às muitas lições aprendidas. A garota teimosa que ainda vive em mim, que quer acreditar naquele mundo honesto, legal; ela ainda gosta do frio na barriga, ainda quer se emocionar com bobagens, chorar com filmes de TV, ainda acha que lhe falam a verdade. E é quando tiramos um pouco a armadura que as coisas acontecem.
O coração bate forte, e vc, mesmo querendo ter controle do seu ritmo, sabe que não pode, mas também sabe que muito provavelmente e em pouco tempo estará rindo dessas histórias ou até mesmo se esquecendo delas.

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